domingo, 18 de dezembro de 2011

O Trambique do Século (The Great White Hype)

Na estória desse filme um "reverendo" que empresaria o campeão mundial de boxe anuncia, após mais uma vitória, a 'luta do século'. E contrata um roqueiro branco, ex-boxeador, para se passar como campeão europeu. O golpe é seguido de perto por um experiente jornalista, que sonha desmascarar o empresário.
Não é uma idéia de todo ruim, mas não funcionou. O trailer simpático acabou me enganando, e em vez de comédia me deparei com um filme chato. Tem algumas cenas que dá pra esboçar um riso, mas no geral é muito sem graça. Uma trama que caminha lentamente e nada de surpreendente acontece até o final. 1h e meia pra contar essa estória foi além do tolerável.
Além do desperdício de talento do elenco. Quem já viu Damon Wayans na série "Eu, A Patroa e as Crianças" sabe do talento do cara pra comédia, e isso não foi aproveitado aqui. Igualmente o talento de Cheech Marin e Jeff Goldblum, também mal aproveitados. O único que conseguiu se sobresair um pouco foi Samuel Jackson no papel do reverendo, mas esse é um cara diferenciado, um dos melhores atores de sua geração, e mesmo num papel desses conseguiu tirar leite de pedra.
Acho que vale uma conferida só pelo Sam Jackson. Se não é fã dele, passe longe.

Esquadrão de Elite (Power Elite)

Olivier Gruner é um desses atores de ação dos anos 90 que nunca teve projeção maior, e por isso é considerado ator de filme "B". Não que ele seja um completo injustiçado. A verdade é que o cara não fez o menor esforço pra brilhar, porque além de atuar mal, aceitou participar de cada tranqueira que faz os filmes recentes do Steven Seagal parecerem blockbusters de tanta ruindade.
Nos anos 90 Gruner pelo menos fez alguns filmes cultuados pelo seu pequeno grupo de fãs, no qual eu ainda não me incluo. Mas no final da década de 90 e nos anos 2000 teve a proeza de afundar de vez sua carreira, eliminando qualquer possibilidade de que algum dia alguém volte a oferecer um filme decente á ele.
Esse lixo aqui é simplesmente um dos piores filmes que já vi em toda minha vida, e olha que já vi muita porcaria mesmo. Não existe absolutamente nada que se aproveite aqui.
Na ridícula estória, o personagem de Gruner é um ex-militar que trabalha como segurança em um laboratório e é chamado para ajudar seu antigo parceiro no resgate do presidente dos EUA que foi sequestrado por terroristas. Por sinal, os mesmos terroristas roubaram um gás venenoso no mesmo laboratório em que Gruner trabalha e planejam envenenar todo mundo se não tiverem suas exigências atentidas.
O pior não é a estória, e sim os absurdos de toda a produção. A sequência do sequestro do presidente é de matar de rir, com o avião dos sequestradores chegando, e mesmo após receber inúmeros avisos de não pousar, não recebe qualquer retaliação e pousa numa boa. O presidente da maior potência mundial na época é protegido por uma merreca de seguranças que são abatidos com a maior facilidade e depois é levado pelos bandidos, que não sofrem qualquer incomodo até chegarem em sua base.
Aí é formado o grupo de resgate, composto por Gruner, seu ex-parceiro e outros palhaços que também são facilmente abatidos em combate e todos tem a estranha mania de ao se posicionar em qualquer lugar colocar a mão sobre o ombro do cara da frente, formando uma fila igual à da sua professora do primário. Os tiroteios e lutas são de um amadorismo de dar dó. Nocautear ou matar o adversário com um simples golpe é o que mais se vê. Acho que existe apenas 02 lutinhas em que Gruner dá alguns golpes, mas sem convencer muito. Os efeitos especiais são de matar de rir também, digamos que os jogos de Atari dão uma surra neste filme. Ah, e existem várias cenas de "protestos" em que o cara simplesmente saiu filmando gente na rua com algum cartaz. As atuações são tão sofriveis quando os diálogos que uma criança faria melhor. E quando digo que nada mesmo se salva, me refiro principalmente à namoradinha do mocinho que mesmo em muitos filmes dessa categoria costuma ser interpretada por alguma gatinha desconhecida, com alguma cena mostrando seus atributos fisícos. Mas nem isso, a dona é feia demais, uma verdadeira baranga que ainda foi disputada por Gruner e seu ex-parceiro.
Filmes B costumam ser divertidos por seus defeitos, mas esse aqui é um filme D, uma tremenda piada sem graça. Não assista nem sob tortura. Não digam que não avisei !

sábado, 30 de julho de 2011

A Espada Sem Sombra (Shadowless Sword)

Eu sinceramente já estava desistindo de ver filmes coreanos de fantasia. Mas resolvi dar uma chance à esse por se tratar do mais bem avaliado por aí. E de fato foi o que chegou mais perto de me agradar. Infelizmente não foi dessa vez que isso aconteceu, e olha que faltou pouco.
O filme tem uma estória clichê em que um clã de assassinos domina um reino matando todos os membros da familia real, até que resta apenas um príncipe com possibilidade de fazer frente à eles. Os fiéis ao rei enviam então uma emissária para encontrar o príncipe e leva-lo em segurança ao local ainda dominado pelos mocinhos.
Apesar de meio manjada a estória é bem desenvolvida. Com boa distribuição de momentos em que conhecemos um pouco dos personagens, ação e drama. A maioria dos atores desempenha muito bem seu papel, especialmente os 4 personagens principais (príncipe, guardiã, e os 02 caçadores assassinos). O filme tem boas lutas com uso inteligente de cabos, ótimos efeitos especiais e algumas cenas bem elaboradas. O problema é que quando tudo caminhava pra um filme totalmente bem sucedido o roteiro estraga tudo no final com algo profundamente desagradável e com alternativa melhor.
Essa opção do roteiro e direção acaba trazendo enorme decepção, e tenho certeza que dificilmente alguém que assista o filme pensará diferente. Mas para aqueles que tem enorme curiosidade, acho que vale uma conferida.
Agora eu digo: parei mesmo com os épicos coreanos !

A Marca do Dragão (To Kill with Intrigue)

Este foi um dos primeiros filmes de Jackie Chan como protagonista, o segundo dele com o famoso diretor e produtor Lo Wei, que desejava transformar Jackie no sucessor de Bruce Lee, mas da forma errada.
Infelizmente para Jackie, Lo Wei lhe dava péssimos personagens em estórias fajutas e sem sentido, só usadas como desculpa pra pancadaria. Mas esse filme em especial é uma pérola do ridículo e do absurdo.
Na estória os pais de Jackie são assassinados por uma mulher que diz estar se vingando do pai de Jackie por tê-la deixado orfã, e que se alia à um clã rival do clã do pai de Jackie com o único proposito de mata-lo. Até aí tudo bem. A confusão começa quando a assassina poupa Jackie por ter se apaixonado por ele durante a batalha e passa a persegui-lo e assedia-lo. Jackie rejeita a mulher, mas em momento algum pensa em vingança. E a contradição aumenta quando Jackie se alia à membros do clã de seu pai pra combater o clã rival com todo vigor.
Quer dizer que o clã rival merece todo o ódio dele, mas a responsável direta pela morte de seus pais não ? Não vou nem contar o resto dos absurdos da estória pra não estragar a surpresa de ninguém. Mas que esse roteiro é esquisito e furado é. Sem falar na frieza total do personagem de Jackie com a mulher que o ama, mas que depois inexplicavelmente volta a ter seu interesse.
Pra completar o desastre do filme temos efeitos especiais bem trash, e rompantes de super herói em que os personagens podem voar ou saltar grandes distâncias, pra depois "perderem" tais habilidades em momentos até mais necessários. Quanto às coreografias de luta, elas são bem genéricas e simples. Nessa época Jackie não tinha liberdade nenhuma pra desenvolver seu estilo nas lutas ou no humor, e sua atuação nesse aspecto fica muito limitada à apenas uma ou outra expressão engraçada, e algumas pequenas acrobacias especialmente no jeito em que ele recebe os golpes.
Enfim, um filme apenas recomendado aos fanáticos por Jackie Chan, que não ligam muito pra qualidade ruim de alguns de seus filmes. Ainda que esse seja superior à algumas porcarias feitas pra hollywood.

O Guerreiro Genghis Khan (Mongol)

Pra se fazer um filme de mais de 2 horas funcionar é preciso ter uma estória interessante pra se contar. Genghis Khan tem uma história interessante, mas que foi muito mal aproveitada aqui.
Tudo bem que a intenção original do diretor era fazer uma trilogia, sendo este portanto a primeira parte da estória. Quando soube que não teria financiamento pras outras partes finalizou esse de uma forma mais ou menos convincente.
O problema mesmo é que é um filme lento, arrastado, com um ou outro momento que gera interesse, mas que esfria facilmente e aos poucos vai cansando porque nada parece acontecer. Talvez na tentativa de guardar tudo pras outras partes o diretor deixou o filme muito pobre em ação e perdeu muito tempo com todo o sofrimento que Genghis Khan sofreu antes de se tornar o famoso conquistador. E isso foi um erro tremendo, pois a maior lição deixada por outras trilogias de sucesso é que já no primeiro filme você precisa jogar iscas interessantes e deixar o espectador empolgado com o que há por vir.
E infelizmente ao fim do filme o que se sente é alívio por ter acabado. Pois pelo menos nesse filme, duas horas e alguns minutos pareceram uma eternidade. Dificilmente haveria interesse em se ver as continuações. Uma pena pois é um personagem histórico de grande potencial.
Para quem tiver interesse assim mesmo é melhor esperar passar na tv aberta ou fechada, pois infelizmente não vale nem o dinheiro da locação.

Trilogia Street Fighter (Street Fighter)

Pra começo de conversa, esses filmes nada tem a ver com o famoso jogo de videogame. Street Fighter é uma série de filmes protagonizada por Sonny Chiba, cultuado astro de filmes de karatê que inclusive participou de Kill Bill no papel de Hattori Hanzo.
Street Fighter é inclusive o trabalho mais famoso de Chiba. Talvez por isso minha expectativa fosse grande, e não foi nem parcialmente atendida.
Os filmes são bem trash, claramente produções de baixo orçamento, com alguns efeitos que chegam a ser engraçados. São extremamente violentos com Chiba arrancando fora olhos, tripas e tudo mais que puder, além de causar fraturas em seus inimigos de causar inveja à Steven Seagal.
Mas não é isso que estragou os filmes. O que estragou foi a atuação exagerada e ridícula de Chiba, que fica fazendo poses, caras e bocas totalmente ridículas. Aí não dá pra levar a sério um filme assim. Talvez se Chiba fizesse mais a linha do cara durão mas sem afetações a coisa teria funcionado.
Só merece mesmo ser conferido por quem é fanático por artes marciais e deseja conhecer o lado trash do estilo. Porque fora isso, não há nenhum motivo pra ver esses filmes. Perdi algumas horas preciosas do meu tempo.

terça-feira, 14 de junho de 2011

Doze é Demais (Cheaper by the Dozen)

Steve Martin é um ator bastante carismático e especialista em filmes familia. Doze é Demais é um desses filmes, mas não é bom como outros trabalhos de Martin. Na verdade, passa longe disso.
A idéia de 2 pais que tentam conciliar suas carreias com a criação de 12 filhos poderia render muitas situações engraçadas. Mas a maioria delas não funciona, e tirando um ou outro momento engraçado, Doze é Demais é bem sem graça. E o filme apela ainda para uma draminha desnecessário em que um dos filhos se sente rejeitado e foge de casa.
E não se deixe enganar pelo elenco. Os personagens de Ashton Kutcher e Tom Welling são praticamente nulos, podendo ter sido interpretados por qualquer outro ator.
É um mero filme pra ver na tv quando não tiver nada melhor passando ou nada melhor pra fazer.

O Faixa Preta (Kuro Obi)

O cinema de artes marciais é tão dominado pelos filmes chineses por decadas que acabou padronizando o estilo com ritmo acelerado, cenas de ação rápida e lutas empolgantes. Talvez por isso ao assistir filmes japoneses desse estilo cause alguma estranheza.
Aparentemente mais calmos e tranquilos, os filmes japoneses pelo menos do que tenho visto mesmo do estilo ação tem desenvolvimento lento e sem aquela energia dos filmes chineses mesmo quando as coisas deveriam pegar fogo. É assim que acontece aqui. Faixa Preta conta a estória de 3 estudantes de karatê que após a morte de seu mestre devem disputar entre si a faixa que garante o titulo de mestre. A disputa mesmo acaba ficando entre os alunos mais fortes, Taikan e Giryu, que tem pensamentos opostos. Taikan é mais agressivo e vê o karatê como uma arma a ser usada quando necessário. Já Giryu é mais nobre e segue mais à risca os ensinamentos de auto-controle do mestre. Choei, o mais fraco dos 3 prefere ficar ao lado de Giryu.
O desenrolar da estória acaba levando Taikan e Giryu a ficarem de lados opostos e o confronto se torna inevitável.
O grande problema é que a trama caminha a passos lentos, com muitos momentos que parecem desnecessários com maior espaço pro drama do que ação. O tempo de pouco mais de uma hora e meia parecem ser longos demais e um pouco cansativos. A luta final então, entre Taikan e Giryu, parece não ter fim, é tão longa que chega a incomodar.
O lado bom do filme é que os atores são todos karatecas na vida real, e por isso as cenas de luta são bem executadas, além disso a coreografia foi respeitosa em mostrar lutas reais, sem acrobacias e golpes humanamente impossíveis. Até que foi bom ver um filme assim com lutas mais "normais" para diferenciar um pouco de todos os lutadores voadores que tem por aí.
Nada contra, até porque eu adoro lutadores acrobáticos, mas também é bom ver lutas próximas do real de vez em quando. O único defeito mesmo que pesa na apreciação do filme é como falei, a lentidão da trama e luta final com tempo exagerado. Mas recomendo esse filme a ser visto pelo menos uma vez por qualquer admirador de artes marciais. E pra quem luta karatê diria que é obrigatório na coleção.

sábado, 11 de junho de 2011

Ligeiramente Gravidos (Knocked Up)

Até agora estou tentando entender como esse sujeito chamado Seth Rogen consegue vender roteiros ou conseguir papel de protagonista em filmes. Esse cara é um tremendo lixo tanto como ator como escritor.
Ele não é engraçado e não cria nada engraçado. É dificil entender como mesmo assim ele parece ser uma das estrelas do gênero comédia que apesar de decadente ainda tem alguns caras razoáveis como Ben Stiller, Adam Sandler e o ótimo Rob Schneider.
Na estória aqui mostrada, a personagem de Katherine Heigl, Alison conhece Ben, o personagem de Rogen numa balada qualquer, e depois de muita bebedeira passam a noite juntos, e o resultado vem depois de algumas semanas quando Alison descobre que está grávida de Ben e o procura para informar da gravidez. A partir daí os dois terão que se conhecer de verdade para poder criar melhor o filho que está por vir e quem sabe se acertar de vez.
A idéia do filme é boa, mas não dá pra dizer que esse filme tem algo que se aproveite. Uma mulher bonita como Alison ir pra cama com um gordinho feio como Ben depois de consumir altas doses de alcool não é uma idéia nada fora do comum. Agora uma mulher bonita, com boa estabilidade financeira decidir levar adiante uma relação com um cara feio, sem dinheiro e vagabundo que encara como projeto de negócio um site que cataloga cenas de nudez em filmes e que vive se drogando com os amigos só por causa de uma gravidez que ainda está no inicio é algo tremendamente absurdo e ofensivo à inteligência de qualquer um.
Só na imaginação de Judd Apatow roteirista e diretor do filme que essa situação poderia se tornar realidade. O normal seria Alison ao descobrir quem é Ben de verdade decidir por um aborto ou criar a criança sozinha, já que seu pai biológico é um completo inútil e não teria nada de bom para contribuir á sua educação.
E mesmo com todo esse sonho impossível o resultado é um filme que não tem nada engraçado, no máximo esboçar um sorriso em algumas cenas mais pelo absurdo de algumas situações do que pela qualidade do material. Nem mesmo o competente Paul Rudd salva o filme.
Não se deixe enganar pelo simpático trailer como eu, isso aqui é um tremendo lixo, daqueles que deixa a lixeira fedendo mesmo após a coleta. E continuo me perguntando, terá feito Seth Rogen um pacto com o demônio pra ter tanto espaço em Hollywood ?

Punhos de Campeão (Pit Fighter)

Punhos de Campeão é um filme até certo ponto interessante. Mescla artes marciais com ação de uma forma inteligente mostrando o personagem perdido num local dominado por bandidos e que vê como única forma de sobreviver participar de lutas ilegais. O passado dele é desconhecido e vamos descobrindo junto com ele como ficou na situação em que está por meio de flashbacks que aos poucos vão montando o quebra-cabeça de sua vida passada.
O único problema sério do filme é a violência exagerada. Quem gosta das lutas sangrentas no estilo do UFC talvez goste, porque aqui as lutas são realmente pra valer, com fratura exposta e lutas até a morte com sangue jorrando mais que em filme de serial killer.
E é exatamente por isso que não gostei do filme. Acho que pegaram pesado demais. Por mais que eu seja fã de filmes de artes marcias, vejo tudo ainda de uma forma romântica em que ninguém realmente se machuca, e aprecio mais os movimentos e técnicas dos lutadores. Mas aqui não tem nada disso, são lutas sujas e sangrentas protagonizadas por um bando de carniceiros.
Vale observar ainda que apesar de Scott Adkins, astro recente de filmes de ação e artes marciais estar no elenco, ele não tem nenhuma cena de ação ou luta. Se você é fã dele, não há razão alguma pra ver o filme. E se você também gosta mais de filmes de artes marciais sem violência gratuita e doentia, melhor passar adiante.

Sem Risco Aparente (No Good Deed)

Literatura policial costuma render bons filmes. Mas é preciso competência dos envolvidos pra saber criar o clima nas telas, e adaptações necessárias pra coisa funcionar. Infelizmente, competência pra isso faltou aqui e muito.
Na estória, baseada em "The House on Turk Street" de Dashiell Hammett, o policial Jack Friar, tentando ajudar uma vizinha, aceita procurar sua filha desaparecida. Logo no inicio da busca, Friar se envolve acidentalmente com criminosos que planejam um assalto á banco e é feito refém até que os bandidos se convençam de que ele não os estava investigando.
Eu ainda não li a estória original (e nem pretendo), mas esse filme é uma chatice tremenda. Nem acho que a culpa seja do elenco que tem bons atores como Samuel Jackson, Milla Jovovich e Stellan Skarsgard. Eles, na medida do que seus pápeis permitem se saem bem. O problema mesmo é o roteiro e a direção que não criam um andamento interessante.
A trama não sai do lugar comum, e parece que todos os outros personagens estão presos junto com o policial. Algumas tensões óbvias entre os bandidos não são suficientes pra esquentar as coisas.
No fim das contas, é até dificil descrever esse filme, não é de ação porque tem pouca ação (só na parte final), não é de suspense porque tem pouco suspense. É só um filme chato e que desperdiça o talento dos atores envolvidos. Só veja mesmo se não tiver nada melhor pra ver ou fazer.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Fúria em Shangai (China Strike Force)

Esse filme foi a rara oportunidade que Mark Dacascos teve de trabalhar no cinema de ação de Hong Kong. Mas pra sua infelicidade, aconteceu a mesma coisa de seus filmes americanos, seu talento não foi bem aproveitado.
O filme tem uma estória que apesar de cheia de clichês é bem executada. Nela, policiais chineses e japoneses trabalham em conjunto pra desmantelar uma quadrilha de traficantes de drogas que fazem a ponte entre oriente e ocidente.
Mas na minha opinão, o primeiro erro grave foi um elenco muito mal escolhido. Com tante gente boa na China, escalam pro papel principal Aaron Kwok, um cara que não demonstra o menor talento em artes marciais e é pouco expressivo. O cara nem é muito forte e pesado, mas precisa de cabos pra executar golpes simples que Sammo Hung (que deve ter o dobro de seu peso) faria brincando. Coolio, um rapper americano que interpreta um dos vilões principais é irritantemente fanfarrão. E sinceramente não entendo o porquê de insistirem nesse lance estúpido de rappers lutadores.
O lado bom do elenco é Norika Fujiwara, ex-Miss Japão, que além de belíssima, convence tanto como atriz como lutadora. Quanto à Mark Dacascos, mais uma vez foi muito mal aproveitado no papel de um dos vilões principais. Além de ter poucas cenas de ação, em que mostra com clareza sua habilidade em artes marciais, inclusive sendo o único a dispensar o uso de cabos pra executar seus movimentos, a maneira escolhida pro seu personagem sair de cena na estória é ridícula. Não dá pra entender como preferiram o palhaço do Coolio pra luta final em vez dele.
Isso me leva ao segundo erro grave do filme, que tira toda a seriedade e capacidade de convencer como algo real. Por escalar atores incapazes de executar os movimentos necessários, o filme faz uso pesado de cabos, algo tão visível que dá vontade de rir. Em alguns momentos os personagens parecem até voar !!!
É uma pena, mas só posso classificar esse filme como medíocre, decepcionante e dispensável. Só vale ver mesmo quem não se incomoda com filmes de ação e luta com uso gritante de cabos e efeitos especiais. Até mesmo os mais fanáticos por Dacascos duvido se iriam gostar desse filme.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Assassino em Silêncio (Bangkok Dangerous)

Existem filmes que as vezes não tem o devido reconhecimento, mas que tem uma fiel legião de fãs, são os chamados filmes "cult". Já vi vários casos em que realmente são obras que merecem ser conhecidas por um público maior.
Este filme aqui é considerado um cult, mas quer saber ? É melhor que fique restrito ao seu público já cativo, porque não tem absolutamente nada demais.

Na estória um assassino de aluguel surdo e mudo repensa sua vida de crimes ao se apaixonar por uma funcionária de farmácia. Claro que não será fácil largar essa vida porque seus empregadores não o deixarão sair facilmente do negócio.

Apesar de ser uma estória sem muita novidade, com o clichê do bandido em busca de vida normal e amor, é na ação e desenrolar das coisas que o filme deveria se diferenciar. De fato devo admitir que existem algumas cenas com estilo como a do metrô ou a visita de Kong à um covil de bandidos. Os irmãos Pang criaram algumas cenas de bom gosto visual. Mas sinceramente não vi nada de extraordinario ou empolgante pra merecer tanto alarde.
Tirando essas cenas citadas, o filme esfria várias vezes, perdendo tempo demais com os dramas pessoais do personagem. Faltou aos irmãos Pang equilibrar as coisas pra peteca não cair.
Pra quem acha que os irmãos Pang são bons diretores tem que ver os trabalhos de John Woo, Tsui Hark e Yuen Woo Ping que já fizeram coisa muito melhor e muito tempo atrás. O nível já era alto e os irmãos Pang não trouxeram nada de novo, nenhuma cena ou sequência de realmente cair o queixo. É um filme apenas razoável e assistível.
E pelo que dizem, a refilmagem desse mesmo filme, também dirigida pelos Pang, e protagonizada por Nicholas Cage é ainda pior. Então, se tiver curiosidade, melhor ver essa versão. Mas não espere nada de imperdível, porque não é. E depois de The Eye, essa é a última vez que os irmãos Pang tomam meu tempo.

O Prisioneiro (Island of Fire)

Apesar de se ver o nome de Jackie Chan escrito no alto da capa e o mesmo estar no centro da imagem, quem protagoniza o filme na verdade é o carinha à direita, Tony leung Ka Fai.
Esse filme foi um dos que Jackie fez como favor à Jimmy Wang Yu por tê-lo ajudado a se livrar dos problemas que teve com Lo Wei e a tríade chinesa. A participação dele é pequena, portanto acho uma safadeza vender o filme como sendo de Jackie, coisa que vai irritar alguns fãs desavisados disso.
Na estória o personagem de Tony Leung faz um policial que se infiltra numa prisão para desmascarar um esquema corrupto que usa presos para serviços sujos. Wang Yu faz o preso respeitado e tem certo controle sobre os demais. Jackie faz um bom sujeito que vai parar na cadeia depois de matar acidentalmente um cara em uma briga. O elenco conta ainda com Andy Lau que faz o irmão vingativo do cara morto por Jackie que arma uma situação para ir para a prisão também. E finalmente, Sammo Hung que faz uma vigarista que tenta diversas vezes escapar da cadeia para ficar com o filho.
É um bom filme. Ouvi falar tão mal que fiquei esperando uma porcaria de filme e acabei curtindo. Não é um filme ruim de forma alguma, funciona bem ao que se propõe. O negócio é assisti-lo como um drama policial, e não um filme de artes marciais. A estória é bem bolada e bem desenvolvida. Os personagens são bem trabalhados. E o elenco entrega uma performance de qualidade, fazendo com que se tenha muita simpatia por cada personagem, inclusive alguns coadjuvantes.
Voltando à Jackie, ele leva algum tempo a aparecer, e tem poucas cenas de luta, e as mesmas são apenas razoáveis, não se espere coreografia acrobática como em seus outros filmes, aqui é um lance mais comum. E quem dá a pitada cômica é Sammo, que faz um personagem engraçado e melancólico ao mesmo tempo. Quanto ao protagonista, Tony Leung, o cara é um bom ator e realmente não se cometeu injustiça alguma em coloca-lo no centro de tudo.
Enfim, tirando a picaretagem da forma como é vendido o filme, "O Prisioneiro" é um bom filme policial com uma boa dose de ação. Não é nenhuma vergonha para Jackie ter esse filme no currículo, mas só recomendo aos seus fãs de mente mais aberta. Se você só gosta do Jackie engraçado e acrobático, melhor ver outro filme. O mesmo serve para os fãs de Sammo.

domingo, 20 de março de 2011

Quem Não Corre Voa (The Cannonball Run)

Eu já vi muito filme ruim na minha vida, mas igual á este, é dificil descrever. "Lixo" é um adjetivo até leve pra esse monte de porcaria. A vontade que dá é de quebrar o disco.
A estória é meio parecida com a do desenho animado "corrida maluca", em que ocorre uma corrida cheia de pilotos exóticos e um tentando sabotar o outro pra vencer. Mas diferente do saudoso desenho, esse filme é um porre. Não se deixe enganar pelo estrelado elenco formado por Burt Reynolds, Roger Moore, Farrah Fawcett e Jackie Chan.
O filme é chato demais, um roteiro ridículo que mostra apenas os corredores se reunindo pra corrida em um hotel, depois mostra alguns deles durante a corrida, grande parte do tempo dedicado ao personagem de Reynolds e sua equipe, mas não há emoção alguma.
Onde estão os duelos de carros ? As perseguições ? Não há uma sequer. Só alguns acidentes ridículos por culpa dos próprios pilotos. As sabotagens de um piloto à outro, ou enganação das autoridades são tão ingenuas que só mesmo sendo muito burro pra acreditar no que está acontecendo. Inclui-se aí um investigador incompetente que tenta ser engraçado mas é totalmente ridiculo. E diálogos tenebrosos, coisa que até cineasta amador faz melhor.
O personagem de Reynolds que é o principal, não é nada carismático. O personagem de Moore faz alguma graça em suas cenas, mas é pouco aproveitado. Igualmente Jackie Chan, que tem pouquissimas cenas, quase não tem falas e tem algumas cenas rápidas de luta mas nada que ele já não tenha feito até mesmo em seus piores filmes.
É um alívio quando o filme acaba, pois por incrível que pareça, o filme dura quase 2 horas. Eu só vi mesmo esse filme por causa de Jackie Chan, e só assistindo mesmo pra ter noção da raiva que senti com cada centavo gasto com esse filme. Se quiser torturar alguém, amarre-o numa cadeira e coloque esse filme pra pessoa ver, será pior que obriga-la a ver filmes da xuxa. E tenho dito.

Guerreiro da Luz (The Restless)

Eu juro que me esforço pra gostar de filmes asiáticos de fantasia, mas está cada vez mais dificil assistir filmes desse tipo. "Guerreiro da Luz" é um filme coreano, até tem uma estória bacaninha de um guerreiro que após perder sua amada entra num batalhão de guerreiros conspiradores que desejam derrubar o governo vigente.
Após ser gravemente ferido ele vai parar em uma espécie de dimensão intermediária entre o mundo dos vivos e mortos. Lá ele conhece a guardiã do local, que muito se parece com sua amada e naturalmente passa a defende-la de seus inimigos, que são justamente seus antigos companheiros de combate que já morreram e que agora são seus adversários. Uma idéia bacana, mas que novamente tenho que dizer que foi mal desenvolvida.
Pra começo de conversa, mesmo pra quem vê apenas o trailer, fica fácil perceber que algumas cenas foram copiadas descaradamente da trilogia "O Senhor dos Anéis". Mas eu não me incomodo com isso. Também não me incomodaria com personagens voando ou com poderes especiais, se o contexto do filme permitisse isso.
Aí que está o problema desse e de outros filmes asiáticos. Os personagens principais são bem contraditórios nesse sentido. Em alguns momentos parecem super-heróis, praticamente voam e arrasam dezenas ou centenas de inimigos com habilidades especiais, para em outro momento se mostrarem fragéis e humanos fugindo, correndo e se defendendo de um único atacante de um jeito bem tradicional. Se tem habilidades especiais, por que não usa-las contra um adversário mais forte e perigoso ? Isso fica sem resposta em alguns momentos.
Sem falar que sob a justificativa de terem sido companheiros de batalha, alguns inimigos facilitam as coisas pro herói, facilitando até demais. Isso não me convence de jeito nenhum.
Outro problema, que já relatei em outros filmes, é o jeito de se levar a estória. Perdendo tempo em momentos que nada acrescentam e não tem nada de interessante, esfriando as coisas.
No fim, só posso dizer que o material era promissor, mas o resultado ficou muito abaixo do esperado. A única coisa realmente boa do filme são os efeitos especiais que são de alto nível e os belos figurinos de alguns personagens. Mas isso é muito pouco para justificar ver um filme assim.
Só recomendo mesmo quem gosta muito de filmes assim, e vale no máximo baixar o filme, até gastar dinheiro com locação é desperdicio de dinheiro.

terça-feira, 15 de março de 2011

Conduta Ilegal (ZigZag)

David Goyer é um dos melhores roteiristas de ação do mundo do cinema. É dele os roteiros da trilogia Blade, dos recentes filmes do Batman, entre muita coisa boa.
Mas como roteirista de drama ele é muito fraco. E ainda por cima resolveu dirigir, no que também se mostrou fraco.
A estória de "Conduta Ilegal" é sobre Zig Zag, um adolescente com problemas mentais que vive com seu violento pai, e tem muita habilidade em decorar números. Ele decora os números do cofre do dono do restaurante onde trabalha e rouba o dinheiro. Pra sair dessa ele conta com a ajuda de Singer, um cara bem intencionado que faz de tudo para ajuda-lo seja no que for.
Estórias com personagens com problemas mentais costumam render bons filmes. Mas esse aqui é diferente. Zig Zag não é um personagem carismático e nem um pouco nobre. Tá certo que ele não bate bem das idéias, mas bem que o roteiro poderia ajudar a criarmos alguma simpatia pelo jovem, mas não, a única coisa que dá pra ter pena é das surras que leva do pai, interpretado decentemente por Wesley Snipes. Que aliás, pouco dá as caras, mostrando que explorar o nome e imagem dele na capa é uma tremenda safadeza e enganação com seus fãs.
Falando de interpretações, o resto do elenco formado pelos conhecidos John Leguizamo e Oliver Platt, além do protagonista bem interpretado por Sam Jones III (Smallville) se sai bem.
Mas a trama em geral é sonolenta, sem nada que desperte interesse, nem mesmo no final quando as coisas realmente acontecem.
Em resumo, é um filme muito chato. Tão chato que uma duração de quase 2 horas chega a ser uma tortura. O desgosto é tanto que não fiz menor questão de manter esse filme em minha coleção de filmes de Wesley Snipes, até porque como falei, ele quase não aparece.
É duro dizer isso, mas até novela da Globo é melhor que isso. Passe longe !

The Eye - A Herança (The Eye)

Na estória do filme, uma moça cega desde os 2 anos de idade faz um transplante de cornéas para voltar a enxergar. Mas junto com a benção de poder enxergar o mundo que a cerca, ela verá coisas que não gostaria.
Insistentes vultos e assombrações de pessoas que vão morrer avisando o que está por vir, uma habilidade herdada de "brinde" da dona anterior das cornéas.
O mocinha terá então que investigar sobre a vida da doadora e ver uma forma de parar isso antes que enloqueça totalmente. Afinal, quem é que ia gostar de ficar vendo fantasma todo santo dia, até na hora que vai no banheiro ? Porque nem essa hora eles respeitam.
Esse filme de terror tem uma idéia muito boa e que até certo ponto foi bem explorada. Tem alguns momentos tensos e assustadores, em especial as cenas no elevador, no ônibus e no hospital.
Os atores são fracos, e não tem carisma, e isso faz muita diferença nesse tipo de filme. Pois se não se cria simpatia pelos protagonistas, como torcer por eles ? Mas o problema maior é a direção dos tão falados irmãos Pang que deixou muito a desejar.
Foram competentes em cliar o clima nas cenas assustadoras, mas foram péssimos em tornar interessantes todo o restante da trama, em especial a investigação que desvenda porque tudo está acontecendo. Sem falar que boa parte da culpa das fracas performances do elenco é a omissão deles, que poderiam ter exigido mais da interpretação de seus comandados.
É isso que ainda está faltando aos filmes de terror asiático, mais emoção, e não estou falando de gritos histéricos, correria, e sim, interpretação.
Só recomendo mesmo esse filme a quem não tiver nada melhor pra fazer e quiser sentir alguns arrepios. Mas pra isso tem coisa muito melhor tipo filmes da década de 80 e 90.
Existe uma refilmagem americana, e desconfio que seja um pouco melhor que essa versão original. Esse filme tem também 02 continuações chamadas "Visões", e "Visões 2", as quais não pretendo ver pela má impressão deste.

sábado, 22 de janeiro de 2011

Guerreiros da Noite (Sword in the Moon)

Eu adoro filmes asiáticos. Há pouco tempo comecei a conferir filmes coreanos que hoje em dia são tão comuns quanto as produções chinesas e japonesas que já dominaram o mercado por um bom tempo.
Mas sinto dizer que a Coréia do Sul precisa aprender mais um pouco pra se equiparar ao nível dos demais. Pelo menos do que tenho visto.
A estória se passa na Coréia do século 17, onde em uma escola que forma guerreiros, dois homens criam laços fortes de amizade. Após a fase de formação eles se separam, cada um vai buscar trabalho em um local distinto do outro. Um se torna membro de confiança da guarda imperial e o outro se une aos rebeldes que querem derrubar o imperador e em pouco tempo se torna o assassino mais temido pelo império.
E justamente seu antigo companheiro irá caça-lo. E pra complicar ainda mais a situação, uma garota rebelde, namoradinha do assassino é capturada pela guarda imperial. Pondo mais fogo ainda na agora atribulada relação entre os dois ex-colegas. Promissor hein ?
O material para um grande filme está todo aí. Mas pra minha tristeza e possivelmente de outros que conferirem este filme, as coisas não saem como se imaginava.
O filme se desenvolve num ritmo lento, no estilo de alguns filmes japoneses. Pode parecer que é mal costume, mas fica a impressão de que algumas partes poderiam ter sido cortadas ou ser mais diretas. Não precisava de quase 2 horas pra se contar uma estória dessas. Sem falar que a sequência final é uma grande decepção.
Não vou falar muito pra não estragar a surpresa de quem ainda não tiver visto. Mas as decisões do guarda imperial são as mais estúpidas que já vi em toda minha vida. Chegou a irritar muito. E por isso senti que perdi tempo vendo um filme que no fim das contas não valeu o tempo gasto em frente à tv, e muito menos o dinheiro gasto pra isso. Quase 2 horas perdidas pra ver um final babaca desses é brincadeira de mal gosto.
Eu poderia dizer que o filme vale ser visto pela bela fotografia e cenários, as lutas de espada que são até boas, mas não vale não. O final caga tudo. Só recomendo mesmo a ver quem tiver MUITA curiosidade, e se for esse o caso, baixe o filme, nem se dê ao trabalho de alugar, muito menos comprar, pegue a grana e vá comer um lanche na esquina que é melhor.

O Santuário (Sanctuary)

Mark Dacascos faz parte do time "C "dos astros de ação. A classificação se justifica porque ele não faz parte dos grandes nomes do gênero e nem é injustiçado como alguns pensam.
O cara tem talento, mas raramente soube escolher bem seus trabalhos e são poucos os filmes realmente bons.
"O Santuário" é um filme até razoável, assistível. A estória mostra o personagem de Dacascos como um ex-agente secreto tentando levar uma nova vida como padre. Mas não demora para seu passado voltar a assombra-lo e trazer mais problemas.
A estória apesar de um pouco manjada não seria um problema se fosse bem desenvolvida. Mas não é, infelizmente.
Há uma certa demora em mostrar a situação como um todo em que o personagem está inserido. O elo do passado com o status atual não foi bem aproveitado, e toma tempo demais. Sobrando pouco espaço pra vemos ação de fato.
Aliás, esse é minha maior reclamação. O filme tem pouca ação por parte de Dacascos, principalmente se levar em conta que é um filme que quase 2 horas. E o cara dá apenas alguns tiros, 1 ou 2 chutes e só. Uma tremenda decepção pra quem esperava vê-lo sair distribuindo golpes como fez em outros trabalhos.
Aí fica fácil entender porque Dacascos está onde está. Esse filme é considerado um dos seus poucos trabalhos decentes, então dá pra imaginar mais ou menos o nível dos trabalhos ruins. Só recomendo mesmo esse filme aos seus fãs de carteirinha ou quem não tiver mais nada pra ver. Até mesmo rever outro bom filme será mais interessante.

sábado, 1 de janeiro de 2011

Estranha Obsessão (The Fan)

Quando vi que esse filme de suspense reunia Wesley Snipes e Robert De Niro como protagonistas, dois atores que gosto muito e dirigidos pelo estiloso Tony Scott, que tem um trabalho que muito me agrada pensei que fosse ver um filme daqueles pra ver e rever como outros trabalhos dessa turma.
Infelizmente o filme é uma tremenda decepção.
A estória fala sobre um fã de beisebol que procura de todas as formas se aproximar do jogador mais importante de seu time, acreditando que pode ajuda-lo a sair de uma fase ruim e levar o time às vitórias novamente. Uma trama muito interessante e bem realista.
O elenco é excelente, além das atuações competentes de Snipes e De Niro temos John Leguizamo e Ellen Barkin em papéis secundários mas com desempenho de bom nível.
Com tudo isso, o que deu errado ? Só existe um culpado: Tony Scott.
Com uma estória e elenco ótimos era de se esperar que Scott fizesse um filmaço mas ele errou feio na dosagem de algumas coisas. Alguém pode culpar o roteiro, mas é ao diretor que cabia cortar os excessos e enxugar a estória.
Estranha Obsessão é um suspense pra lá de cansativo. A estória se arrasta à passos de uma tartaruga velha, esmiuça tanto a vida do personagem de De Niro e suas ações que parece que estamos diante de uma série de tv, e não um filme. Mas o erro mais grave é que parece que Tony Scott não parou pra pensar que nem todo mundo gosta de baseball, porque é absurda a quantidade de tempo que se perde mostrando jogos e coisas dos bastidores desse esporte.
Para um filme de quase 2 horas segurar o espectador tem que intercalar acontecimentos interessantes, mas aqui a coisa só pega fogo mesmo lá pela meia hora final do filme.
Para quem resolveu esperar, até que a sequência final é digna dos bons filmes de suspense das últimas décadas, mas é o longo caminho percorrido que impede aquela sensação de prazer ao fim. É muito mais um alívio. Se Tony Scott tivesse frequentado mais a sala de edição, talvez fosse mais um bom filme do gênero pois tinha tudo pra isso. Mas ficou apenas entre os medianos.
Só tendo muita paciência pra curtir. Só recomendo mesmo aos fãs de Robert De Niro e Wesley Snipes a conferir o filme pelas atuações de ambos. Deles não há como se decepcionar, pelo menos desta vez.

Delta Force One - Comando de Elite (Delta Force One - The Lost Patrol)

No mundo do cinema existem muitas injustiças quanto ao reconhecimento de atores e diretores. Mas as vezes, analisando as escolhas e oportunidades dá pra se entender o status de cada um.
No caso de Gary Daniels não sei dizer bem o porquê dele não estar no hall dos grandes astros de ação, mas com certeza este filme foi uma de suas piores escolhas na carreira, senão a pior.
Esse filme é um lixão completo. Na estória, uma força de paz é enviada para algum lugar no oriente médio para deter uma ameaça de bomba e resgatar prisioneiros. Uma coisa bem clichê, mas o que falei na resenha anterior vale aqui, a execução é que falha.
Pra começo de conversa, que força miltar de paz é essa que não leva armas ? Ou que fica fugindo o tempo todo de ataques e não revida ? Alguma ação mesmo dos caras só no fim do filme e olha que é mais de 1h e meia de filme. O resto é de uma enrolação tremenda de quem na verdade não tinha nada pra mostrar. Um roteiro totalmente vazio. Dá até alivio quando tudo termina.
E é duro de ver Gay Daniels nocautear adversários com apenas um chute sem muita força. O cara luta demais, mas aqui exageraram demais. O restante do elenco não vale nem menção, é um bando muito amador. E o diretor, na prática parece nem existir pois o filme nunca engrena, nem no fim.
Mesmo sendo MUITO fã de Gary Daniels, que tem sim muitos filmes bons e excelentes, preciso pedir que ninguém perca seu tempo vendo essa porcaria. Não digam que não avisei !

Kickboxer 5 (Kickboxer 5: Redemption)

Kickboxer é uma série americana de filmes de luta, inicialmente estrelada por Jean Claude Van Damme ainda no auge da fama. Mas a partir do segundo filme teve outros atores no papel principal, como o desconhecido Mickey Hardt.
Este quinto filme traz Mark Dacascos no papel principal. A idéia era um novo começo pra série. Na estória, Negaal, um ex-campeão mundial de luta e agora envolvido com atividades criminosas deseja promover um torneio próprio trazendo para seu lado todos os competidores do circuito oficial. E para aqueles que ousarem recusar a oferta, Negaal os matará pessoalmente.
Um amigo do personagem de Dacascos recusa a oferta e é morto, e ele então passa a caçar Negaal até enfrenta-lo em confronto até a morte.
É uma estorinha manjada, mas o problema do filme não é esse. Quando a coisa toda é executada com sucesso funciona. Mas aqui o desenrolar do filme é lento com muitos momentos dispensáveis, uma amizade meio forçada, diálogos dignos de novela mexicana e lutas lentas e com uns golpes tão comuns que até o Ralph Macchio executaria. Sem falar que o elenco é muito amador. O cara que interpreta Negaal além de canastrão não tem a mínima chance de convencer como ameaça pelo porte físico ridículo. Nem mesmo a atuação de Dacascos convence.
Enfim, vendo esse filme dá pra entender porquê Mark Dacascos nunca emplacou como grande astro de ação. O cara escolheu muito mal os filmes que fez, e aqui enterrou de vez uma franquia que nunca deveria ter ido além do primeiro filme. Fique longe desse lixo !