sábado, 22 de janeiro de 2011

Guerreiros da Noite (Sword in the Moon)

Eu adoro filmes asiáticos. Há pouco tempo comecei a conferir filmes coreanos que hoje em dia são tão comuns quanto as produções chinesas e japonesas que já dominaram o mercado por um bom tempo.
Mas sinto dizer que a Coréia do Sul precisa aprender mais um pouco pra se equiparar ao nível dos demais. Pelo menos do que tenho visto.
A estória se passa na Coréia do século 17, onde em uma escola que forma guerreiros, dois homens criam laços fortes de amizade. Após a fase de formação eles se separam, cada um vai buscar trabalho em um local distinto do outro. Um se torna membro de confiança da guarda imperial e o outro se une aos rebeldes que querem derrubar o imperador e em pouco tempo se torna o assassino mais temido pelo império.
E justamente seu antigo companheiro irá caça-lo. E pra complicar ainda mais a situação, uma garota rebelde, namoradinha do assassino é capturada pela guarda imperial. Pondo mais fogo ainda na agora atribulada relação entre os dois ex-colegas. Promissor hein ?
O material para um grande filme está todo aí. Mas pra minha tristeza e possivelmente de outros que conferirem este filme, as coisas não saem como se imaginava.
O filme se desenvolve num ritmo lento, no estilo de alguns filmes japoneses. Pode parecer que é mal costume, mas fica a impressão de que algumas partes poderiam ter sido cortadas ou ser mais diretas. Não precisava de quase 2 horas pra se contar uma estória dessas. Sem falar que a sequência final é uma grande decepção.
Não vou falar muito pra não estragar a surpresa de quem ainda não tiver visto. Mas as decisões do guarda imperial são as mais estúpidas que já vi em toda minha vida. Chegou a irritar muito. E por isso senti que perdi tempo vendo um filme que no fim das contas não valeu o tempo gasto em frente à tv, e muito menos o dinheiro gasto pra isso. Quase 2 horas perdidas pra ver um final babaca desses é brincadeira de mal gosto.
Eu poderia dizer que o filme vale ser visto pela bela fotografia e cenários, as lutas de espada que são até boas, mas não vale não. O final caga tudo. Só recomendo mesmo a ver quem tiver MUITA curiosidade, e se for esse o caso, baixe o filme, nem se dê ao trabalho de alugar, muito menos comprar, pegue a grana e vá comer um lanche na esquina que é melhor.

O Santuário (Sanctuary)

Mark Dacascos faz parte do time "C "dos astros de ação. A classificação se justifica porque ele não faz parte dos grandes nomes do gênero e nem é injustiçado como alguns pensam.
O cara tem talento, mas raramente soube escolher bem seus trabalhos e são poucos os filmes realmente bons.
"O Santuário" é um filme até razoável, assistível. A estória mostra o personagem de Dacascos como um ex-agente secreto tentando levar uma nova vida como padre. Mas não demora para seu passado voltar a assombra-lo e trazer mais problemas.
A estória apesar de um pouco manjada não seria um problema se fosse bem desenvolvida. Mas não é, infelizmente.
Há uma certa demora em mostrar a situação como um todo em que o personagem está inserido. O elo do passado com o status atual não foi bem aproveitado, e toma tempo demais. Sobrando pouco espaço pra vemos ação de fato.
Aliás, esse é minha maior reclamação. O filme tem pouca ação por parte de Dacascos, principalmente se levar em conta que é um filme que quase 2 horas. E o cara dá apenas alguns tiros, 1 ou 2 chutes e só. Uma tremenda decepção pra quem esperava vê-lo sair distribuindo golpes como fez em outros trabalhos.
Aí fica fácil entender porque Dacascos está onde está. Esse filme é considerado um dos seus poucos trabalhos decentes, então dá pra imaginar mais ou menos o nível dos trabalhos ruins. Só recomendo mesmo esse filme aos seus fãs de carteirinha ou quem não tiver mais nada pra ver. Até mesmo rever outro bom filme será mais interessante.

sábado, 1 de janeiro de 2011

Estranha Obsessão (The Fan)

Quando vi que esse filme de suspense reunia Wesley Snipes e Robert De Niro como protagonistas, dois atores que gosto muito e dirigidos pelo estiloso Tony Scott, que tem um trabalho que muito me agrada pensei que fosse ver um filme daqueles pra ver e rever como outros trabalhos dessa turma.
Infelizmente o filme é uma tremenda decepção.
A estória fala sobre um fã de beisebol que procura de todas as formas se aproximar do jogador mais importante de seu time, acreditando que pode ajuda-lo a sair de uma fase ruim e levar o time às vitórias novamente. Uma trama muito interessante e bem realista.
O elenco é excelente, além das atuações competentes de Snipes e De Niro temos John Leguizamo e Ellen Barkin em papéis secundários mas com desempenho de bom nível.
Com tudo isso, o que deu errado ? Só existe um culpado: Tony Scott.
Com uma estória e elenco ótimos era de se esperar que Scott fizesse um filmaço mas ele errou feio na dosagem de algumas coisas. Alguém pode culpar o roteiro, mas é ao diretor que cabia cortar os excessos e enxugar a estória.
Estranha Obsessão é um suspense pra lá de cansativo. A estória se arrasta à passos de uma tartaruga velha, esmiuça tanto a vida do personagem de De Niro e suas ações que parece que estamos diante de uma série de tv, e não um filme. Mas o erro mais grave é que parece que Tony Scott não parou pra pensar que nem todo mundo gosta de baseball, porque é absurda a quantidade de tempo que se perde mostrando jogos e coisas dos bastidores desse esporte.
Para um filme de quase 2 horas segurar o espectador tem que intercalar acontecimentos interessantes, mas aqui a coisa só pega fogo mesmo lá pela meia hora final do filme.
Para quem resolveu esperar, até que a sequência final é digna dos bons filmes de suspense das últimas décadas, mas é o longo caminho percorrido que impede aquela sensação de prazer ao fim. É muito mais um alívio. Se Tony Scott tivesse frequentado mais a sala de edição, talvez fosse mais um bom filme do gênero pois tinha tudo pra isso. Mas ficou apenas entre os medianos.
Só tendo muita paciência pra curtir. Só recomendo mesmo aos fãs de Robert De Niro e Wesley Snipes a conferir o filme pelas atuações de ambos. Deles não há como se decepcionar, pelo menos desta vez.

Delta Force One - Comando de Elite (Delta Force One - The Lost Patrol)

No mundo do cinema existem muitas injustiças quanto ao reconhecimento de atores e diretores. Mas as vezes, analisando as escolhas e oportunidades dá pra se entender o status de cada um.
No caso de Gary Daniels não sei dizer bem o porquê dele não estar no hall dos grandes astros de ação, mas com certeza este filme foi uma de suas piores escolhas na carreira, senão a pior.
Esse filme é um lixão completo. Na estória, uma força de paz é enviada para algum lugar no oriente médio para deter uma ameaça de bomba e resgatar prisioneiros. Uma coisa bem clichê, mas o que falei na resenha anterior vale aqui, a execução é que falha.
Pra começo de conversa, que força miltar de paz é essa que não leva armas ? Ou que fica fugindo o tempo todo de ataques e não revida ? Alguma ação mesmo dos caras só no fim do filme e olha que é mais de 1h e meia de filme. O resto é de uma enrolação tremenda de quem na verdade não tinha nada pra mostrar. Um roteiro totalmente vazio. Dá até alivio quando tudo termina.
E é duro de ver Gay Daniels nocautear adversários com apenas um chute sem muita força. O cara luta demais, mas aqui exageraram demais. O restante do elenco não vale nem menção, é um bando muito amador. E o diretor, na prática parece nem existir pois o filme nunca engrena, nem no fim.
Mesmo sendo MUITO fã de Gary Daniels, que tem sim muitos filmes bons e excelentes, preciso pedir que ninguém perca seu tempo vendo essa porcaria. Não digam que não avisei !

Kickboxer 5 (Kickboxer 5: Redemption)

Kickboxer é uma série americana de filmes de luta, inicialmente estrelada por Jean Claude Van Damme ainda no auge da fama. Mas a partir do segundo filme teve outros atores no papel principal, como o desconhecido Mickey Hardt.
Este quinto filme traz Mark Dacascos no papel principal. A idéia era um novo começo pra série. Na estória, Negaal, um ex-campeão mundial de luta e agora envolvido com atividades criminosas deseja promover um torneio próprio trazendo para seu lado todos os competidores do circuito oficial. E para aqueles que ousarem recusar a oferta, Negaal os matará pessoalmente.
Um amigo do personagem de Dacascos recusa a oferta e é morto, e ele então passa a caçar Negaal até enfrenta-lo em confronto até a morte.
É uma estorinha manjada, mas o problema do filme não é esse. Quando a coisa toda é executada com sucesso funciona. Mas aqui o desenrolar do filme é lento com muitos momentos dispensáveis, uma amizade meio forçada, diálogos dignos de novela mexicana e lutas lentas e com uns golpes tão comuns que até o Ralph Macchio executaria. Sem falar que o elenco é muito amador. O cara que interpreta Negaal além de canastrão não tem a mínima chance de convencer como ameaça pelo porte físico ridículo. Nem mesmo a atuação de Dacascos convence.
Enfim, vendo esse filme dá pra entender porquê Mark Dacascos nunca emplacou como grande astro de ação. O cara escolheu muito mal os filmes que fez, e aqui enterrou de vez uma franquia que nunca deveria ter ido além do primeiro filme. Fique longe desse lixo !