domingo, 11 de abril de 2010

Caçada Implacável (Bangkok Robbery)

Como não consegui assistir nenhum trailer desse filme, minhas únicas referências eram algumas críticas negativas. Mesmo assim decidi assistir e não é que o filme é até legal ?
O filme aborda terrorismo, conspiração militar e política e um grande assalto de uma forma que lembra muito filmes americanos, mas com um tempero oriental que faz alguma diferença.
Fica a impressão que poderia ter sido um filme melhor, mas não decepciona, ainda mais quem não tiver expectativas boas. Talvez as críticas negativas sejam pelo fato de que o filme em alguns momentos exige dedução, como por exemplo as conversas telefônicas em que nós espectadores não ouvimos o que os personagens estão conversando, ou então quando algum personagem em determinada situação demonstra algo, mas não fala, para agir em seguida. Alguns podem encarar como desleixo, por estarem MAL acostumados com os filmes de Hollywood onde tudo vem mastigadinho. Mas eu vejo como algo inteligentemente pensado, e sendo ou não pensado, funcionou pra mim.
A única coisa que incomoda mesmo é a música tema que é repetida em vários momentos do filme perdendo um pouco o sentido depois da terceira repetição. É algo que deveria ser reservado apenas para o climax, mas é repetido pelo menos 3 ou 4x.
Caçada Implacável é um bom entretenimento. Tem uma boa estória, atuações limitadas mas decentes, boas cenas de ação e tensão com tiroteios muito bem coreografados e algumas surpresas na trama que agradam bastante quem gosta do gênero.
Agora que ninguém espere pancadaria, pois apesar de ser um filme tailandês que recentemente virou sinônimo de produção de artes marciais, aqui a ação é no modelo de filme policial tradicional.
Enfim, um filme bom que serve como um agradável passatempo. Só espero que algum dia, Bang Rajan, o trabalho mais conhecido do diretor também chegue aqui no Brasil.

Sol Nascente (Rising Sun)

Durante a festa de lançamento da Torre Nakamoto em Los Angeles, promovida por um poderoso conglomerado japonês, com empresários americanos convidados por estarem em negociações com os japoneses, a garota de um dos executivos orientais aparece assassinada misteriosamente. Para investigar o caso são chamados o agente Web Smith (Wesley Snipes) e John Connor (Sean Connery), que viveu durante muito tempo no Japão.
Sol Nascente é um bom filme, bem feito, mas que fica aquela impressão que poderia ter sido melhor. O filme mescla suspense e ação, mas com muito foco no suspense, com a ação ficando em um segundo plano distante. Talvez a decepção seja pelos nomes envolvidos, já que todos estão acostumados a ver Sean Connery e Wesley Snipes mais ativos por terem muitos filmes de ação no currículo. Mas aqui eles se limitam a investigar. E ação mesmo só em alguns raros momentos e numa dose saída de um conta gotas rigoroso.
Mas não culpo nem Connery nem Snipes. Ambos tiveram as atuações seguras e competentes de sempre, mas estiveram limitados ao roteiro e direção. Assim como Harvey Keitel, Steve Buscemi e a bela Tia Carrere tiveram participações pequenas demais para o talento que tem. Apenas Cary-Hiroyuki Tagawa teve algum destaque, mas ele é um caso à parte, já que sempre que se precisa de um japonês/chinês genérico para algum papel importante em filmes americanos ele é presença certa e não importa a qualidade do filme, ele sempre se destaca pelo seu carisma.
Sol Nascente não é um filme ruim, nem fraco, apenas comum e assistível. Pra ver quando não se tem nada melhor pra fazer. Tem algumas surpresinhas e reviravoltas na trama, mas nada que empolgue ou cause impacto. Se você gosta dos atores envolvidos, tem coisa muito melhor deles pra se ver.